“Todo jardim começa com uma história de amor, antes que qualquer árvore seja plantada ou um lago construído é preciso que eles tenham nascido dentro da alma. Quem não planta jardim por dentro, não planta jardim por fora e nem anseia por eles.” Rubem Alves
Muito frequentemente olhamos para a nossa vida e queremos colher os frutos, bons frutos. Ansiamos por ter uma vida tranquila, saudável e feliz. O que poucas vezes fazemos nesse percurso é perceber o que estamos semeando dentro e fora de nós.
A começar pelo nosso próprio autocuidado, quantas vezes escutamos nosso corpo, nossas emoções e atendemos de fato às nossas necessidades? Deixamos, muitas vezes, de cuidar das necessidades básicas do nosso jardim interior como boa qualidade de sono, alimentação equilibrada, descanso, diversão, silêncio, boas companhias, achando que o necessário está fora de nós. Por vezes, cuidamos demasiadamente dos jardins externos e queixamos de algum sofrimento; esquecemos de ser nosso próprio jardineiro e de vivenciar o sofrimento enquanto oportunidade de crescimento e propulsor de mudança. Por vezes deixamos de apreciar o que já está dando certo. E é importante lembrar que toda crise é oportunidade de crescimento e transformação se escutamos a necessidade do momento.
Escolher vivenciar a vida em direção de semear em nós o amor próprio, a compaixão, a escuta ativa, o cuidado é criar oportunidade de sentir a fluidez da vida e a impermanência do nosso jardim. E sempre há tempo. Sempre é tempo de re(plantar) o nosso jardim interior, perceber se estamos precisando de podas, de limpeza, de adubo, de carinho, de sol. E nesse movimento perceber que o nosso jardim exterior já está dando bons frutos.